sábado, 24 de maio de 2008

Rumo




Sentei-me a pensar.
Não é coisa que faça muitas vezes, mas há dias em que é inevitável.
Pensei, chorei, conclui. Chorei mais um pouco ao aperceber-me de que existem apenas dois rumos que podemos seguir na vida.
Quando somos crianças, vivemos despreocupados com o futuro, sem pressões ou obrigações. Só importam as brincadeiras. Mas nada dura para sempre e logo este breve estado acaba. Daí, partimos para o mundo. Daí, pomo-nos em bicos de pés, espreitando o que fazer amanhã.
Uns arriscam. Outros preferem nem empoleirar-se nessa janela, qual limite de uma sonolência confortável. E assim permanecem nesse estado, medíocres nos projectos, pobres de ambições, conformados com as suas vidas automáticas. Não ousam sequer ver o que há do outro lado; evitam o risco como o mal maior.
Entretanto, há quem escolha percorrer outro caminho. Não é melhor, não é mais fácil; é, na verdade, bem mais amargo. É deixar para trás tudo. É crescer. É viver.
É ficar impressionado com o modo de estar da outra metade, mas ainda assim continuar, sem razão nenhuma aparente e com todas as que se possam apontar. É cair e voltar a levantar.
É difícil, sim. Mas, aqui do fundo da minha pequenez, é ver todo o mundo de uma só vez e sonhar com o melhor.
Porque do outro lado, tudo sabe melhor.
Porque deste lado, há uma criança que vive para sempre, brincando na nossa imaginação.
Filipa Moreno

2 comentários:

  1. crescer custa, até porque acaba a fantasia*

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  2. Quando se parte para se poder ter um Futuro melhor...a coragem apareçe de sitios onde nunca se esperou...As lÁGRIMAS nÃO deixam de cair...o amor que sinto por ti não deixa de existir minha amiga...minha irma...mas há coisas que tenho q por em stand by...como a minha presença no teu mundo...mas presença fisica...pq sabes quenão ha nem havera um dia em que não comunique ctg...porque os irmão n se deixam para tras....vêm connosco para todo o lado

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