segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Ponto Final. Interrogação


Um resto de um desejo,
Olha-me nu a partir de ontem.
Deitado na sombra, moribundo,
Não me faz resgatá-lo.
Nem por mim levanto a cabeça,
Dos pés que ela fixa.
Sou o pó assente em tudo,
Do nada feito todos os dias.
Fiz uma história, romanceei os problemas.
Mascarei a verdade para não custar.
Agora, à noite, tudo é visível,
Com esta luz tosca e terrível.
Sou a nuvem que se afasta,
Gira em torno de algo, para logo fugir.
Fui o doce no teu café amargo,
Serei a lua para te deitares, antes de te partir.





Filipa Moreno

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