segunda-feira, 18 de maio de 2009

João Garcia - Dez Anos depois do Evereste



João Garcia cedo começou no alpinismo, mas foi aos 31 anos que se tornou conhecido dos portugueses. A 18 de Maio de 1999 tornava-se o primeiro português a pisar o ponto mais alto do planeta, sem recorrer a oxigénio artificial. A conquista teve consequências trágicas, como a morte do seu colega e amigo belga Pascal Debrouwer. João Garcia sofreu geluras, queimaduras do gelo e do frio, que lhe valeram a amputação de alguns dedos das mãos e cicatrizes no rosto. Hoje, dez anos depois e muito perto de concluir o projecto “À Conquista dos Picos do Mundo”, conta como foi chegar ao topo do Evereste (8848m), o “tecto do mundo”, e o seu percurso desde então.

O que é que sentiu no topo do Evereste?
Quando estamos no topo de uma montanha estamos a meio de uma maratona – falta a descida que é tão ou mais perigosa que a subida. Quando estamos lá em cima, sentimo-nos bastante cansados e assustados porque o Homem não foi feito para estaràquelas altitudes. Por vezes, as condições permitem-nos estar lá em cima uma ou duas horas a tirar fotografias e a desfrutar, mas outras vezes está vento e frio e é um pouco o “toca e foge”. Nesta última montanha, o Manaslu (8163m), eu estive no cume de gatas e tive de tirar a fotografia num sítio mais abrigado, porque com aquelas rajadas de vento eu cairia no chão. No cume, tenho a noção de que estou a meio do caminho, vou só ali picar o ponto e venho-me logo embora. O Evereste não foi excepção. Estava bastante stressado porque o Pascal não chegava. Nós já percorríamos aquele sonho há três anos e eu só queria fazer a fotografia e sair dali. As recordações do topo do Evereste não são boas nem muitas.
Artigo completo aqui.
Filipa Moreno

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