“(…) Quando, por exemplo, Bergson caracterizava a felicidade apenas como «a ausência de sofrimento», ele utilizava uma noção de perspectiva ou, se quiserem, de profundidade perante a vida: hoje sou feliz, mas amanhã posso não ser e para o ano posso ser outra vez. Nada é eterno nem adquirido, tudo é fugaz e passageiro. A ilusão – seja a de felicidade ou a de tristeza – é acreditar num horizonte fechado, ao alcance da vista, que ignora ou finge ignorar os horizontes sucessivos que estão para além do imediato.”
Miguel Sousa Tavares, "Estação 2000: perspectiva" in Não te deixarei morrer, David Crockett (2001)
Filipa Moreno
Eu prefiro olhar os horizontes sucessivos, aliás estou sempre à espreita do que está por trás.
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