quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Perspectiva



“(…) Quando, por exemplo, Bergson caracterizava a felicidade apenas como «a ausência de sofrimento», ele utilizava uma noção de perspectiva ou, se quiserem, de profundidade perante a vida: hoje sou feliz, mas amanhã posso não ser e para o ano posso ser outra vez. Nada é eterno nem adquirido, tudo é fugaz e passageiro. A ilusão – seja a de felicidade ou a de tristeza – é acreditar num horizonte fechado, ao alcance da vista, que ignora ou finge ignorar os horizontes sucessivos que estão para além do imediato.”



Miguel Sousa Tavares, "Estação 2000: perspectiva" in Não te deixarei morrer, David Crockett (2001)



Filipa Moreno

1 comentário:

  1. Eu prefiro olhar os horizontes sucessivos, aliás estou sempre à espreita do que está por trás.

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