quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
quinta-feira, 2 de julho de 2009
O romancista é que sabe
quinta-feira, 25 de junho de 2009
quinta-feira, 7 de maio de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
Love like Tiffany's
“I love you. You belong to me.
No. People don't belong to people.
Of course they do.
Nobody's going to put me in a cage.
I want to love you.
It's the same thing.
No, it's not! Holly!
I'm not Holly. I'm not Lulamae, either. I don't know who i am!
I'm like cat here, a no-name slob.
We belong to nobody, and nobody belongs to us.
We don't even belong to each other.”

Filipa Moreno
domingo, 22 de março de 2009
Eternamente
Heathcleaff e Catarina Linton destroçados outra vez pela minúcia do tempo.
Como explicar-te que tudo isto se te tornou alheio, como tudo te pareceria agora estranho, como nada do que foi teu vigia o teu hipotético regresso? Ulisses não voltará a Ítaca e Penélope alguma desfará de noite a teia que te teceste.
E arranquei a página da agenda com o teu nome e o teu número de telefone. Veio a seguir Abril e depois o Verão. Vi nascer a flor da tremocilha e as buganvílias adormecidas, vi rebentar o azul dos jacarandás em Junho, vi noites de lua cheia em que todos os animais nocturnos se chamavam rãs, corujas e grilos, e um espesso calor sobre a devassidão da cidade. E já nada disto, juro, era teu.
E foi assim que descobri que todas as coisas continuam para sempre, como um rio que corre ininterruptamente para o mar, por mais que façam para o deter.
Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos, acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhámos a cara, para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes parámos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhámos o céu e interrogámos o seu sentido. Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos.
E a tua voz ouço-a agora, vinda de longe, como o som do mar imaginado dentro de um búzio. Vejo-te através da espuma quebrada na areia das praias, num mar de Setembro, com cheiro a algas e a iodo. E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo poderia ser meu para sempre."
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
sábado, 22 de novembro de 2008
J. F. Kennedy

45º Aniversário do assassinato do ex-presidente dos EUA John F. Kennedy (29.05.1917 - 22.11.1963)
"A man may die, nations may rise and fall, but an idea lives on."
Filipa Moreno
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Ponto Final. Interrogação
Um resto de um desejo,
Olha-me nu a partir de ontem.
Deitado na sombra, moribundo,
Não me faz resgatá-lo.
Nem por mim levanto a cabeça,
Dos pés que ela fixa.
Sou o pó assente em tudo,
Do nada feito todos os dias.
Fiz uma história, romanceei os problemas.
Mascarei a verdade para não custar.
Agora, à noite, tudo é visível,
Com esta luz tosca e terrível.
Sou a nuvem que se afasta,
Gira em torno de algo, para logo fugir.
Fui o doce no teu café amargo,
Serei a lua para te deitares, antes de te partir.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Esta semana
Filipa Moreno
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Imaginação dos Cinco Sentidos
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Neruda
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Quieta como a Casa

quinta-feira, 19 de junho de 2008
sábado, 24 de maio de 2008
Rumo
Pensei, chorei, conclui. Chorei mais um pouco ao aperceber-me de que existem apenas dois rumos que podemos seguir na vida.
Uns arriscam. Outros preferem nem empoleirar-se nessa janela, qual limite de uma sonolência confortável. E assim permanecem nesse estado, medíocres nos projectos, pobres de ambições, conformados com as suas vidas automáticas. Não ousam sequer ver o que há do outro lado; evitam o risco como o mal maior.
É ficar impressionado com o modo de estar da outra metade, mas ainda assim continuar, sem razão nenhuma aparente e com todas as que se possam apontar. É cair e voltar a levantar.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Coincidências
De certo já tiveste, em qualquer momento que até passa despercebido, um pensamento recorrente, partilhado por todos – “Olha que coincidência!”. Pois bem, coincidências.
Nesta palavra, relativamente simples, estão encerradas toda uma série de temáticas daquelas bem patifes, que nos põem a matutar sem, porém, chegar a grandes conclusões. Será o Destino a magicar essas situações? É obra de um ser superior? A previsão do professor Bambu estava certa?
O dicionário deixa ao “acaso” o significado desta palavra (“simultaneidade de dois acontecimentos; concordância; acaso”). Mas cá para mim, tudo acontece por uma razão. Tudo, menos uma queda aparatosa que dei em plena rua, andando sozinha, de alguns meses a esta parte (se há vídeos do sucedido, é favor não divulgar). Para isso não deve haver razão, a menos que o meu valente espalho tenha feito a felicidade de alguém naqueles vergonhosos segundos.
Ou talvez seja só de mim… Não nego que sabe bem ficar a rever o momento em que encontro uma pessoa especial; o instante em que ligo o rádio a pensar na música que está precisamente a passar… Sabe bem como uma tarde de Verão, como o cheiro a pipocas, como um golo no final do jogo, como um abraço.
Hoje pus-me a pensar nisto – acaso? Coincidência? O que e certo é que, tantas vezes, deixamos escapar a essência desses casos, atirando um “Que coincidência” ao ar, para logo seguir caminho.
De qualquer maneira, é impossível negar que se fica com um sorriso nos lábios quando uma coincidência feliz nos aparece. Eu fico. E adoro.
Afinal, há ou não coincidências?
Filipa Moreno
sábado, 5 de abril de 2008
História da Tia Miséria

The fruits from this tree are very good and all the children in the village have the habit of climbing the tree and stealing all the fruit. Tia Miseria of course hates this and always tries to scare them away but it's of no use.
One evening someone knocks on her door and asks for a place to spend the night. Despite her poverty, Tia Miseria gives this man her last piece of bread and gives him her only bed and blanket to sleep. To thank her for her kindness grants her one wish, anything she'd like. She immediately takes him outside to her tree and asks that anyone who climbs up may only come down when she says so. The wish is granted. When the children climb the tree and start stealing the fruit she doesn't let them down until they've promised not to steal any more fruits from her.
One evening someone else knocks on the door. It's Death. Tia Miseria doesn't want to die. She bargains all night until Death tells her that no matter what she says or does she cannot avoid the inevitable. Tia Miseria asks for only one last wish: a fruit from her tree. Since she is too old to climb the tree she asks Death to get it for her. And Death gets stuck up on the tree.
Nobody can die and people suffer endlessly. Everyone gets to old. Everyone ask Tia Miseria to release Death and finally says she will only let Death go if Death promises her never to take her.
The promise is kept and that is the reason why Death and Misery (Miseria) still walk together in the world."
(Não da minha autoria)
quinta-feira, 27 de março de 2008
Shhh

quarta-feira, 19 de março de 2008
Suposto primeiro Post

Agora reparo, que rudeza a minha. Não apresentei o meu Um Resto de Tudo. Na verdade, nem sei bem o que dizer sobre ele, a não ser que é, realmente, Um Resto de Tudo. Um pouco do que me acontece e um resto do que vejo à minha volta. Um pequeno espaço onde guardar algo merecedor de partilha.
Foi difícil, depois de passar tempos sem fim a querer fazer um blog e de o fazer, deparar-me com simples barreiras como o nome a dar ao mesmo. A minha descrição. O primeiro post. Grandes dificuldades que me levaram a empatar um pouco mais a obra. Mas aqui está ele.
Nasce do nada, com aspirações a abordar tudo. Porque tudo é importante e merece ter um lugarzinho; uma fotografia, uma opinião, uma crítica, umas palavras. Também por isso e, pensando em quem vai dedicar um nico do seu tempo a visitar estes “restos”, agradeço o feedback e, quiçá, alguma sugestão.
Penso que é tudo.
Um Resto de Tudo.
Nascido a 6 de Março de 2008.